segunda-feira, novembro 28, 2005

Testamento

Nunca vivi de joelhos
Não fui "moço de recados"
De frente peguei a vida
Vi o bem
Vi o mal
Vi luxúria e traição.
Vi um amor sincero,
maior que o mundo,
caber na palma da mão.

Fiz poemas
Pintei quadros
Escrevi livros
Aprisionei a ilusão
Amei e fui amado
Tive um sonho
na palma da mão.

Levo em mim ao partir
a riqueza do que aprendi.
Deixo palavras
sem valerem "um tostão"
e sonhos que foram ilusão.

Deixo o amor
maior que o mundo
que me escapou
da palma da mão.

Poema de Silvestre Raposo

1 comentário:

maria joao franco garcia disse...

Este poema é lindo!!!
E quem me dera a mim pintar um pássaro neste momento, como tu o fizeste aos 10 anos de idade!!!
Beijinho
Maria João