quarta-feira, maio 30, 2012

3 comentários:

Silvestre Raposo disse...

“…do sonho à miragem…” formas, cores e letras em 30 anos.
“… do sonho à miragem…” são 30 anos de vida, percurso entre 1982 e 2012 na expressão plástica e literária, que apresento agora a público nesta mostra, onde se integram múltiplas facetas criativas, que vão desde a poesia à escultura, passando pela fotografia e que, mais não são, que as formas que encontrei e tomei como companheiras neste caminho, percorrido entre o sonho e a miragem. Formas que o Ser humano adopta como mecanismos, para a justificação da sua existência, ou por vezes, apenas como soluções, para ausentar a solidão. Sempre desejei aprender, não apenas numa determinada área, mas em todas as que me fossem possível, porque sinto ser esse o caminho que nós aproxima do conhecimento mais profundo dos limites de nós mesmos. Estou longe de o conseguir. Tento procurar fronteiras não encontradas, e no silêncio amortalhado que leva à solidão, descobri novos caminhos para essas fronteiras de limite, que aceito como existentes, mas sustento de forma consciente, que os limites da linguagem, seja ela escrita, oral, plástica ou outra, estão apenas dentro de nós e existem somente, enquanto não tivermos a vontade necessária, para as ultrapassar e vencer.
Pegando nessa vontade, lancei a mim próprio uma proposta de trabalho, em quatro vertentes para o ano de 2012; editar um novo livro de poemas, realizar uma escultura, produzir uma foto e pintar uma tela, que serão como símbolos, do trabalho anteriormente realizado, que ajudem a entender este percurso e que personifiquem o caminho percorrido nestas áreas, aos serem adicionados aos restantes trabalhos, a incluir nesta mostra.
Estou assim, a encerrar um ciclo, que muito por culpa minha, ficou aquém, daquilo que podia ter realizado. Deixei sonhos, fechei portas, percorri caminhos que a lugar algum me levaram. Promovi outros, esquecendo que eu existia. Esta mostra, encerra um percurso e daqui nascerá um novo ciclo, que certamente será muito mais curto, mas também, por isso mesmo, mais intenso. Aqui estão esses trabalhos, aqui estou, este, sou eu…

Al eunam Omrac disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Al eunam Omrac disse...

Conhecer a tua obra é ficar a conhecer-te um pouco mais! A tua beleza, sensibilidade, criatividade e essa imensa capacidade de usares os neurónios de forma tão especial, fazem de ti o Homem/Ser Humano que és! Muitas vezesincompreendido e tão pouco reconhecido!
Que este novo ciclo reflicta tudo aquilo que te vai na cabeça, no coração e na alma... Beijo sem fim Rosmaninho, não existirá nunca um fim...